Digam lá o que disserem, que venham os críticos e os catedráticos, a verdade é que Paulo Nozolino é um dos maiores (se não o maior?) expoente máximo da fotografia portuguesa; claro que outros tantos nomes figuraram na história mas não existe mais ninguém tão explicito e directo nesta forma de arte como Nozolino.
"Makulatur" foi das exposições mais interessantes que alguma vez vi (lá está, se não a que mais me intrigou? E se a foto intriga o observador então o objectivo foi alcançado.) tanto pela representação directa de um mundo existente e exigente em nosso redor mas também pela carga emocional e os motivos a que levaram esta exposição a ser realizada. A reflexão aplicada sobre a vida e a morte leva ao espectador a intrigar-se qual a origem deste mundo tão paralelo e desconhecido e, mais do que isso da sua veracidade.
Foi assim que o autor foi premiado com a medalha de prata pelo Deutscher Fotobuchpreis, em Estugarda, que anualmente anuncia e distingue os grandes nomes na área de publicações de artes visuais. O reconhecimento da exposição "mais pessoal de sempre de Paulo Nozolino: sóbria e contida, uma reflexão sobre a vida e a morte" (segundo a galeria Quadrado Azul) é mais do que justo e merecido; assim se pode (mais uma vez) dar os parabéns à fotografia portuguesa que continua a fazer história na Europa e ainda vai dando alguma esperança (pouca) aos aventureiros da área das artes visuais com esperança de vincarem a sua marca e presença.
Sei que nunca irá ler este post mas, os meus parabéns ao criador e ao mestre Paulo Nozolino, um verdadeiro exemplo de inspiração.